16 de fevereiro de 2008

Aqui e tão longe



Parece tudo tão longe do que conhecíamos. Tudo tão longe de tudo o que éramos. Está tudo tão perto do que somos. Cada vez mais perto.

Tu olhas para mim com uma cara tão familiar. E eu poderia saber que nunca nos tínhamos visto antes.
E vimos?...


Nada de nós parece certo. E ainda assim haverá um "nós"?...
Mas nos instantes em que acreditamos que sim, que nada do que existe vai para além do que sabemos e que apenas certas coisas deixam de estar certas para nós... para mim... vens e fazes-me acreditar que tudo permanece normal.

Quando penso que estou sozinha às escuras, olho à volta e vejo os teus olhos em mim. Como vigilantes. Sei então que alguém algures me observava.

E quando tudo em mim é frio e gelo a tua aproximação começa a ser sentida mesmo antes de saber quando vou respirar.


E tu continuas a perguntar.... quem sou eu.
Saberás tu quem és?
Saberei eu quem sou...sem ti?